Páginas

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

O Corpo Seco

A criatura foi descrita como o “corpo mirrado, com uma cara feia e cheio de perebas”. O Corpo Seco já foi visto, segundo descrições, em vários cemitérios. O Corpo-Seco teria o poder tanto de secar árvores como de sugar o sangue de humanos desavisados em estradas desertas na calada da noite.

Há muitas variações sobre a origem de Corpo Seco. A principal diz que em vida, foi um homem muitíssimo violento, chegando a espancar a própria mãe. Quando morreu, seu cadáver teria sido repelido pela terra repetidamente, e, tendo o descanso eterno negado, virado uma assombração.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

La Maison Sanglante

Em contraste com as outras histórias de terror, essa se passa na França. Em 1968 um casal de muda para a Maison Sanglante, no interior do país europeu. Eles começam a ouvir barulhos estranhos, como gemidos e batida de panelas. Apesar de isso já ser assustador, pouco tempo depois as paredes começaram a sangrar.
Consequentemente a polícia chegou ao local, e descobriu que não tinha nenhum tipo de morto ou brincadeira. Um padre foi chamado ao local e descobriu que se tratava de uma obra do diabo, e pediu para demolir a casa. Quando demolida, foi descoberta que debaixo da casa havia 50 corpos de soldados nazistas da Segunda Guerra Mundial.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Waldniel-Hostert


Na Alemanha foi construído, no século 20, o Waldniel-Hostert. Da mesma forma que abrigava deficientes físicos, também abrigava deficientes mentais. Na ascensão do regime de Adolf Hitler, o local passou por mudanças. Primeiramente, todos os cidadãos indesejados pelo regime eram enviados para lá, como bêbados, pessoas mais fracas e sensíveis e também esquizofrênicos.
Em seguida, todas as pessoas que ali estavam foram esterilizadas. A partir de 1939, devido ao decreto de eutanásia, muitos foram enviados a câmara de gás. Além disso, crianças que nasciam com deficiências eram enviadas para lá para morrer. Constata-se que 97 bebes foram mortos no local.
Após a Segunda Guerra Mundial as instalações passaram para a mão dos franciscanos, que por sua vez a vendeu para p governo. O local já serviu para muita coisa antes de ser desativado, porém, muita gente que passou por lá afirma escutar o choro e o grito de crianças.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Cat Sith

O Gato Sith ou Cat Sidhe é uma criatura fada da mitologia celta, que se assemelha a um grande gato preto com uma mancha branca no peito. Diz a lenda que o gato espectral assombra as Highlands escocesas. As lendas que cercam essa criatura são mais comuns no folclore escocês, mas algumas ocorrem em irlandês.
Há anos fazendeiros escoceses denunciam encontrar ovelhas com suas gargantas dilaceradas, atacadas no meio da noite por uma besta não identificada. Muitas testemunhas também afirmam ter visto a sombra de uma forma felina, muito distante para ser reconhecida com precisão, mas longe de ser um animalzinho de estimação. Poderiam estar mortes sangrentas e a tal besta felina estarem ligadas? De acordo com o folclore Celta, estes ataques devem ser obra do Cat Sith (Algo como ‘O Rei dos gatos’), um gato preto gigante, fadado a roubar as almas dos mortos antes que os Deuses possam reclamá-las. Dizem que a criatura costuma andar por cemitérios pelas partes mais altas da Escócia.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

CEEPYPASTA - Existencia

Bem, o que relatarei aconteceu com uma ex professora minha de faculdade, aliás, pessoa que tinha uma visão muito abrangente e clara dos fenômenos que abrangem a pluralidade das existências. Esta minha professora sempre teve muita dificuldade para engravidar, chegando a fazer tratamentos diversos, mas nunca conseguiu, Até certo dia…
Nos idos anos 90, ela descobriu-se grávida, fato confirmado em exame de sangue, logo nas 8 primeiras semanas gestacionais… A gestação trouxe muita alegria a ela e ao marido, mas trouxe junto um receio, um medo do tesouro tão esperado ser perdido devido às complicações naturais das gestações de maior risco.
Devido este medo, apenas seu esposo e sua mãe ficaram sabendo da gravidez, e se comprometeram a guardar segredo até que esta estivesse difícil de esconder, devido ao crescimento uterino; porém, às vezes a vida prega surpresa. Duas semanas após, ocorreu o tão terrível abortamento, que foi um duro golpe para sua família…
Após 18 meses, eles foram agraciados com uma nova gestação, que graças a Deus foi a termo, e originou uma menina linda, de nome Ana Júlia.
Um belo dia, no momento com 6 anos de idade, a Ana chega para minha professora, e diz:
– Mamãe, você teria tido outro filho antes de mim, né?
A minha professora ficou bastante surpresa, afinal combinara com todos para que o assunto fosse enterrado, tamanha fora sua dor e decepção, e não queria que sua pequena soubesse desse tipo de assunto tão cedo, e assim, tentando descobrir quem era o (a) linguarudo (a), pergunta:
– Quem te disse isso, Aninha?
E a pequena responde:
– Ninguém, mamãe… Não vim naquele momento porque eu não estava pronta.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

CreepyPasta - No limite da sobrevivência

Em Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, havia pouco dinheiro, os suprimentos estavam acabando, e parecia que todos estavam com fome. Nesse período, as pessoas contavam uma história de uma jovem moça que decidiu ajudar um cego andando dentre uma multidão.
Conta a lenda que os dois começaram a conversar e o homem perguntou se ela poderia fazer um favor para ele: “Pode entregar essa carta para o endereço que está escrito no envelope?” Bom, o lugar era caminho para sua casa, então ela concordou. Ela começou seu caminho para entregar a mensagem, quando notou no endereço, um número que não conseguia distinguir se era um “4” ou um “9”. Virou-se novamente em direção ao cego e percebeu  que o mesmo corria entre as pessoas sem seus óculos escuros e bengala, como se estivesse fugindo.
Ela, naturalmente, achou suspeito, e ao invés de ir a casa foi para a Polícia. A polícia, que já suspeitava que algo errado estava acontecendo na região pelas ocorrências registradas, foi visitar o endereço para verificar se havia ou não ligação com suas suspeitas. Chegando no local, eles fizeram uma descoberta repugnante, três açougueiros estavam cortando carne humana e vendendo para as pessoas famintas por um preço camarada!
Sabe o que estava na carta que o homem deu à moça? Uma nota, dizendo apenas: “Esse é o último que eu mando para vocês hoje.”

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Creepypasta - Hoodie

Hoodie é uma criatura que aparece ao lado das estradas, sinalizando que ali ocorrerá um acidente.
Essa Creepypasta foi criada em 2014, e conta a história de uma mulher que estava voltando do seu trabalho, quando viu uma pessoa encapuzada, com o rosto coberto e segurando uma placa dizendo: você está se aproximando.
Continuando em seu caminho, ela viu outro ser muito parecido, mas com uma roupa um pouco mais escura. Depois viu mais outro, também segurando o mesmo cartaz.
A mulher estranhou, mas continuou seu caminho até chegar em um túnel, e nesse momento, percebeu que havia um homem com uma roupa preta ao lado da estrada, e dessa vez com o capuz abaixado. Em suas mãos havia um cartaz escrito: fim do túnel.
Ela ignorou o rapaz e continuou dirigindo pelo túnel, mas quando estava chegando ao fim, viu que ele estava bloqueado e tentou frear, mas o carro já não respondia e ia cada vez mais rápido. A última coisa que a mulher conseguiu ver foi um cartaz que estava na mão de outro jovem encapuzado, que dizia: FIM.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O homem que sorri


Quando eu tinha oito anos, meu pai foi diagnosticado com esquizofrenia. Eu passei dez anos sem saber o que era uma boa noite de sono. Ele tinha ataques de pânico todas as madrugadas, e dava gritos assustadores. Tínhamos que ficar mudando de casa de semana em semana porque nenhum vizinho nos suportava. E minha mãe também não queria colocá-lo para ser cuidado por outra pessoa. De qualquer forma, ela ainda o amava.

Meu pai nunca tinha dado sinais de algum problema em sua mente. Pelo menos não até aquele acidente na fábrica. Ele trabalhava em uma gigantesca fábrica responsável por criar peças específicas para caminhões. Isso é claro, em uma época que você não tinha um robô para fazer tudo por você. Um pequeno descuido, e pronto. Meu pai se tornara um inválido para sempre.

Eu não me lembro muito bem, mas minha mãe me disse que eu não estranhei quando meu pai recebeu alta e chegou em casa sem um dos braços. Ela nunca me explicou direito, mas por algum motivo legal a empresa se recusou a pagar qualquer tipo de indenização. Então meu pai acabou sem o braço direito, sem dinheiro e sem a capacidade de conseguir outro emprego. É claro que a mente dele não ia aguentar. A depressão o pegou tão forte que dos meus três aos seis anos, eu o vi pouquíssimas vezes. Parentes e amigos iam a nossa casa perguntar se ele tinha morrido devido ao sumiço repentino, e meu pai gritava do quarto que sim. De certa forma, ele realmente tinha morrido.

No dia anterior ao meu aniversário de sete anos eu me lembro de ter feito uma oração. Hoje, me considero ateu, mas aquelas minhas palavras ajoelhado ao pé da cama, ainda estão na minha mente. Como se parte de tudo isso que aconteceu fosse culpa minha. Eu pedi para que Deus consertasse meu pai, para que ele não continuasse tão triste. Fui dormir, e quando me levantei, meu pai estava à mesa preparando o café – algo que ele não havia feito nos últimos três anos.

Com um sorriso esculpido de forma assustadora no rosto, ele contava sobre um sonho que teve. Um homem de aparência estranha, apenas o observava e sorria. E como em um contato mental lhe dizia para fazer um pedido. Minha mãe não entendia do que meu pai estava falando, mas se contentava apenas com o fato de ele ter saído do quarto por um dia. Meu pai gritava, sem ao menos perceber que tinha elevado a voz, que não havia sido um sonho e que o tal homem havia lhe enviado uma carta. Ele mostrou uma das correspondências que haviam chegado naquele dia. Um delas tinha um bilhete que dizia, "Faça um pedido" e uma foto em preto e branco de um homem com aparência andrógena de olhos fechados. Eu não entendia a conversa dos adultos enquanto tomava meu café da manhã, mas ver meu pai sorrir depois de tanto tempo foi o melhor presente que pude receber. Minha mãe fez um bolo, cantamos parabéns e comemos. Eu não tinha muitos amigos, então meus aniversários eram comemorados de forma simples.

Os anos de horror da minha infância começaram no dia seguinte. Acordamos com um grito do meu pai. Levantei assustado da cama e corri para o quarto dos meus pais. Ao chegar lá, me deparei com minha mãe sentada na cama, com um olhar desacreditado e meu pai em pé berrando, "Meu Deus! Meu Deus! O meu braço! O meu braço nasceu de novo! Eu tenho os dois braços novamente!".

Eu apenas permaneci em pé, tentando entender o que acontecia. Por mais que ele insistisse em dizer que seu braço havia crescido novamente, qualquer um podia ver que ele continuava deficiente. Ele corria pela casa agarrando objetos imaginários e gritando para nós, "Você estão vendo isso? Vocês estão vendo isso?". Quando ele tentou conseguir um emprego, mas não pôde porque não tinha um braço, quando ele contou e "mostrou" para os amigos, mas ninguém era capaz de vê-lo, ele surtou de vez.

De um homem deprimido, ele passou a ser um homem agressivo com qualquer um que não acreditasse na sua história do braço imaginário. Isso até nem foi um problema por um bom tempo. Até que ele começou a dizer que escamas começaram a nascer no braço. Ele dizia que cada vez mais perdia o controle daquele braço, como se ele estivesse se controlando sozinho. E assim as noites de sono perdida pelos gritos do meu pai começaram.

Com muito esforço, um médico o examinou e concluiu que ele era esquizofrênico. Desde então minha mãe decidiu que a melhor opção era deixa-lo trancado em um quarto para que ele não representasse um perigo para mim. Você pode achar uma atitude egoísta e absurda, mas na década de oitenta, era assim que pessoas com qualquer tipo de problema mental eram tratadas. Era tudo uma questão de cultura da época.

Os anos se passaram e eu morei em muitos lugares, muitas casas diferentes. Até que fui morar em uma só minha. Com vinte anos de idade eu saí de casa e aluguei um apartamento. O prédio era bastante antigo e o apartamento não era dos melhores, mas para um jovem que quer sair da asa dos pais era o suficiente.

Eu descobri um mundo novo. Estudei, fiz amigos, conheci lugares, e me distanciei cada vez mais dos meus pais. De vez em quando eu ligava para saber como meu pai estava. Ele sempre estava do mesmo jeito, com as mesmas crises noturnas. Minha mãe continuava cansada cuidando dele. E eu continuava muito ocupado com minha própria vida. As únicas vezes que os visitava era para levar dinheiro, as coisas ficaram difíceis desde que meu pai parou de trabalhar.

Mesmo com todos esses acontecimentos na infância, nada pode te preparar para perder alguém que ama. Eu fiquei congelado com o telefone no ouvido. Ter que ouvir aquelas palavras, "Sua mãe faleceu", me atingiu como uma facada no estômago. Como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. Ter que reconhecer o corpo e vê-la com o rosto completamente retalhado era uma tortura.

A casa não tinha sinais de arrombamento ou qualquer tipo de invasão. A polícia só foi até o local porque os vizinhos ouviram meu pai gritar durante horas, "Eu a matei! Eu a matei!”.

O problema é que por mais que meu pai gritasse que ele a havia matado e que ele deveria ser preso... É que em primeiro lugar, ninguém ouve o protesto de uma pessoa fora de consciência. E em segundo lugar, a perícia constatou que as facadas foram feitas por uma pessoa destra. E como meu pai não tinha o braço direito, ele não podia ter sido o assassino.

Agora, era minha a responsabilidade de cuidar dele. Mas eu não conseguia sequer olha-lo nos olhos. Não importava o que a polícia tinha dito, eu sabia a verdade. Eu sabia quem tinha matado a minha mãe. Meu pai era um homem comum e isso era o que assustava mais. Era como Hannibal Lecter. Ele transparecia a psicopatia com uma calma e tranquilidade indescritível.

- Você sabe que eu não posso ficar com você, não é?

- Claro. E eu também não quero – ele disse com um olhar sério, mas podia ver uma lágrima lutando para não descer.

- Eu vou pagar o melhor asilo daqui da cidade...

- Eu te amo filho – ele me interrompeu. Eu queria dizer que também o amava. Meus lábios tremeram, mas nada saiu.

- Eu vou te levar amanhã. Tudo bem?

- Eu não a matei. Quer dizer, eu a matei, mas... Eu não queria.

- Isso não importa agora pai.

Ele tirou um papel dobrado do bolso e me entregou. O papel cheirava a velhice.

- Eu pedi errado. Eu tentei pedir de novo, mas eu acho que ele só realiza um único desejo. Você precisa consertar isso filho. Eu não me importo se eu tiver que morrer. Contanto que você consiga consertar isso.

Eu abri o papel que ele havia me dado. Era aquela mesma foto, do homem de olhos fechados que ele havia recebido um dia antes de todo esse pesadelo começar. Guardei o papel no bolso sem dar muita atenção e saí.

- Cuidado com o que pede filho – ele disse enquanto eu me afastava.

Um ano se passou desde que minha mãe morreu e meu pai foi morar no asilo. Eu nunca o visitei desde então. E aquela foto ficou guardada com outras coisas velhas também. No meu aniversário de vinte e sete anos, o rosto da minha mãe não saía da mente. Lembrei-me de como ela preparava um bolo de limão, meu favorito. Lembrei-me de como ela fazia questão de me dar os parabéns às 10:27, que era o horário exato em que eu nasci. E como ela era a única que me entendia e como eu a deixei sozinha, com a responsabilidade de cuidar de um louco.

Eu peguei a foto perdida dentro de uma caixa de papelão e a encarei. Me sentia um estúpido por ainda pensar nessa possibilidade. Eu apenas olhei e sussurrei, "Eu quero ver minha mãe de novo". Senti a foto esquentar na minha mão. E aquele homem abriu os olhos e sorriu. Fora o fato de a foto ter se mexido diante dos meus olhos, o sorriso dele era assustador, quase debochado.

Você deve estar se perguntando se os pedidos feitos àquela imagem assustadora se realizam. Sim, se realizam. Eu vi minha mãe novamente. Agora, para onde quer que eu olhe, ela está lá, me observando. Com o rosto completamente retalhando. Caminhando a passos tortos quase convulsionando. Com as gotículas de sangue fresco escorrendo pelo seu tórax. E eu daria qualquer coisa para não vê-la novamente.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

CREEPYPASTA "Você não pode desfazer os seus pecados"


“Animal!”

“Monstro!”

“Assassino de bebês!”

Vozes irritadas encheram a sala do tribunal, afogando o testemunho do homem sentado. Não que seus gritos fossem diferentes. Ele não estava lá, é claro, não tinha visto acontecer ele mesmo. Mas eu estava sozinho. Eu era diferente. Eu era outro. Os corpos foram encontrados na floresta, e eu morava perto da floresta. Eu era um sozinho, não um amigo.

Os homens da aldeia estavam dispostos em um meio círculo em torno de mim, me encurralando como se para me impedir de sair da mesa antes de meu julgamento. Não que eu pudesse fugir. Eles tinham arrancado minhas pernas para me ensinar uma lição: "Você não pode fugir de seus pecados."

Eles não tinham esperado muito tempo para me ensinar isso. Quando os caçadores encontraram os corpos desfigurados, os membros arrancados, o sacrifício aparentemente ritualístico, toda atenção se voltara para mim. Eu mal falava sua língua. Eu não acreditava em seus deuses. Eu tinha vindo de outro lugar. Provavelmente fugindo de alguma depravação que eu tinha cometido antes.

Eu me movi desconfortável quando outro homem se levantou e tomou a posição. Dois dos meus acusadores enfiaram os dedos nos meus ombros, como que para impedir que eu golpeasse o homem. Não que eu pudesse lutar. Eles tinham arrancado meus braços para me ensinar uma outra lição: "Você não pode desfazer os seus pecados."

Raiva e vergonha queimavam minhas bochechas enquanto ele descrevia os livros estranhos que ele me vira lendo. Não eram livros normais, diz ele. Provavelmente símbolos demoníacos. Provavelmente os mesmos demônios para os quais eu tinha sacrificado aquelas crianças.

Eu queria gritar, explicar, lhes dizer que eram meramente os símbolos da língua que eu aprendera quando criança. Uma das poucas posses que eu retive da minha casa de infância. Claro, não que eu pudesse falar. Eles tinham arrancado a minha língua para me ensinar uma terceira lição: "A mentira não te salvará dos teus pecados".

Todas essas lições, eles me lembraram, estavam meramente fazendo comigo o que eu tinha feito com seus filhos.

Então, ouvi as portas do tribunal abrir e fechar. Murmúrios estouraram entre a multidão quando um homem entrou. Eu virei e o vi, manchas de sangue em sua camisa. Ele estava com um grupo que tinha saído para ver se eles poderiam encontrar mais das crianças desaparecidas da aldeia. E eles tinham. Uma cabana no meio da floresta, quilômetros adentro.

Havia um homem lá quando eles chegaram. Ele confessou tudo.

Com horror, a multidão se virou e olhou para mim. Depois de uma pausa, o juiz falou, suavemente.

"Inocente."

E então eu chorei. Eu chorei sem braços para enxugar minhas lágrimas, sem pernas para suportar um homem livre, sem língua para expressar meu alívio. Eles não podiam desfazer os seus pecados.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Historias curtas e perturbadoras *2*


1. As melhores bonecas
Quando eu era pequena, meu pai costumava me trazer bonecas. Eram todas garotinha iguais a mim. Tirando o fato de elas terem a pele um pouco mais clara, e um cabelo mais bonito, e tinham lindos e brilhantes olhos. Sempre que uma boneca quebrava, papai me trazia outra. Eu sempre tentava ser mais cuidados com elas, mas sempre acabava quebrando seus dedos, ou braços ou pernas. Isso quando elas não começam a ficar com um cheiro horrível.

2. Embaixo da cama

Toda noite, minha filha vai ao meu quarto dizer que está com medo do monstro embaixo da sua cama. Toda noite eu me agacho, examino, me levanto e lhe digo que não há nada.
Ele me prometeu que se eu não contasse a verdade a ela, ele nunca nos faria mal.


3. Eu sou um ótimo pai

Meu filho sempre tem tudo do seu jeito. Nunca lhe disse um não sequer. Ele queria doce antes do jantar, ele teve. Ele quis ficar até tarde assistindo aquele filme de terror, ele assistiu. Nós brigamos. Ele se trancou no quarto e disse que nunca ia sair de lá. Então eu peguei meu martelo e alguns pregos, e acredite... Ele nunca saiu de lá.
Eu sou um ótimo pai.

4. Halloween

Sabe o que eu amo no Halloween? Eu posso caminhar coberto de sangue com minha faca na mão, e todos acham que é apenas uma fantasia...

5. Perfeição
Eu não posso fazer nada além de te segurar bem perto de mim. Tudo em você, é simplesmente perfeito. Pele perfeita, cabelo perfeito, belos olhos e uma risada que poderia amolecer o mais frio coração. Eu a surpreendo com um abraço por trás e a puxo. Seu cheiro era intoxicante. Tenho que pressionar minha mão contra sua boca para evitar que ela grite. Me aproximo de seu pequeno ouvid e sussurro baixinho. "Minha filha vai adorar você."

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O Demônio de Sal



O vento arrastou as folhas no escuro enquanto ela se agachava junto ao fogo. Tínhamos cruzado caminhos na trilha e trocamos itens. Agora era hora de trocar histórias. "Quando eu era uma menina", ela começou, esfregando as palmas das mãos juntas, "O povo dizia que o sal veio de um demônio. Um demônio que come pecadores e deixa uma trilha de sal." Eu quase ri, mas me segurei dando uma mordida forte na carne. Seus olhos eram sombra com pinhas de luz. O fogo iluminou seu rosto, fazendo as linhas em sua testa profundas e pretas. Deslizou uma cruz de prata simples na cavidade abaixo de sua garganta.



"De onde eu venho, temos lugares amplos e completamente cobertos de sal. É aí que o demônio de sal vive. Eles dizem que antes da construção de nossa cidade, havia um acordo. Que essas pessoas eram pessoas que cruzavam o deserto em caravanas e pararam em nosso rio no deserto. Que eram piedosos e religiosos e adoravam a Deus, e o primeiro edifício que construíram era uma igreja.

"Um santo homem saiu do vento do deserto. Sua voz soava como chuva em uma terra seca. Dizem que ele cruzou o deserto seco pela glória do Deus Todo-Poderoso. E essas pessoas trouxeram esse estranho para ser o reverendo de sua igreja.

"Depois disso, chegou o verão e o rio secou. Culturas morreram; as pessoas ficaram com fome. Um homem ficou com tanta fome, que ele matou sua esposa e a comeu. O povo estava com medo; eles nunca viram um crime. Então, o reverendo do deserto o levou a julgamento. Ele julgou que como aquele. E o homem deveria conhecer seu próprio pecado entregue sobre si mesmo. Ele condenou o homem a ser comido pelo povo da cidade.

"Sabe, as pessoas da cidade pensaram que o que estavam fazendo eram justas, porque um homem de Deus lhes pediu para fazê-lo. A verdade é que Deus odeia quando suas criações humanas comem uns aos outros. Pior ainda do que matar, roubar ou estuprar. Pior do que qualquer coisa. E o pregador do deserto sabia disso, porque o pregador do deserto não era um pregador, ele era um Demônio de Sal.

"Ele preparou o condenado sobre uma fogueira e o serviu em pratos para todos lá. E uma vez que todas as pessoas haviam tomado uma mordida, tinham participado do pecado maligno, e o Demônio de Sal comeu todos eles. E ele cuspiu em montes de sal. Tanto sal, que cobriu todo o edifício com ele. Ele teve pecadores suficientes para guardar corpos para mais tarde, secou suas pilhas de sal. Ele guardou o suficiente para durar séculos.

"Este demônio de sal, ele teve um bebê de seu sangue e um pouco de sal. E quando ele morreu, ela se tornou o Demônio de Sal, porque seu pai tinha deixado muitas pilhas de carne pecaminosa seca para comer.

"Sim senhor. A carne pode ser guardada por um longo tempo quando você salga ela. "A luz do fogo brilhou em seus olhos e eu parei de mastigar. "Muito tempo mesmo".

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Histórias curtas e perturbadoras

1. Você fala enquanto dorme
Meu marido me balançou até que eu acordei... "Você está falando enquanto dorme de novo." Estávamos no meio da noite, no nosso quarto minúsculo em nosso pequeno apartamento.
Grogue, com o corpo mole... Eu estava muito cansada. "Desculpe", eu disse, "Apenas vire para o lado e tente me ignorar".
"Não posso", ele disse, e estendeu a mão para ligara a luz no criado mudo ao lado de nossa cama, "Dessa vez, eu ouvi alguém te responder".


2. As pequenas coisas
Eu acordei no meio da noite. As luzes do relógio informavam que eram quase 3 da manhã. Eu engatinhei para fora da cama e fui até a cozinha beber alguma coisa.
Com aquele sentimento de solidão na madrugada, me acomodei no sofá na sala de estar e abri meu laptop. "Que dia", falei sozinho, "O que será que esqueci de fazer dessa vez?"
"Bem...", disse uma voz atrás de mim, "você esqueceu de trancar a porta."



3. A média
2,5 crianças é a média. Não entendo porque elas estão gritando. (Admito que essa deu um mindfuck durante uns cinco minutos até eu cair na real e entender :S)



4. Papai
"Papai sempre estará ao seu lado, princesa". Isso é o que ela me fez prometer a tantos anos atrás. Eu não contava com aquele caminhão fazendo meu corpo em pedaços no caminho para casa. Mas papai nunca quebra suas promessas.



5. Quem está aí?
Eu tenho certeza que ouvi algo. É um apartamento pequeno e os vizinhos nunca fazem barulho, então suponho que veio de algum lugar aqui.
Eu olhei por toda parte. Cada canto da cozinha, olhei atrás das cortinas do banheiro, chequei atrás do sofá na sala de estar. Nada!
É estranho, eu estava esperando encontrar alguém, ou alguma coisa. Assassinei esse cara fazem semanas e eu sabia que ninguém viria, mas ainda estou com fome.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Jeff - The Killer

Jeff nasceu em Milwaukee, Wisconsin no dia 21 de maio de 1960 Filho de Lionel e Joyce Dahmer.
Quando tinha aproximadamente 13 anos, se envolveu em uma briga com três garotos da nova cidade na qual eles se mudaram. No meio dessa briga Jeff esfaqueou dois meninos levemente e o terceiro ficou com uma lesão no estômago.
Um tempo depois do ocorrido a polícia bateu na porta de sua casa. Seu irmão mais velho assumiu toda sua culpa. Mas Jeff ficou se sentindo culpado e sentiu um sentimento muito estranho na hora de dormir. No dia seguinte ele foi em uma festa infantil, no começo ele era o excluído; mas depois de sua mãe pedir para ele brincar com as crianças lá fora ele começou a se divertir.
Mais no meio da brincadeira ele escuta um barulho do lado de fora da cerca e percebe que era os três meninos de novo e um deles fala: "Olá Jeff, acho que temos algo para resolver!"
Dois deles estão armados e o outro está com uma faca e no meio da festa eles começam a brigar, um deles espanca Jeff com garrafadas em sua cara, e ao mesmo tempo fala: "Vamos Jeff brigue comigo, levante-se Jeff, seja homem". Até que Jeff se levanta com o rosto repleto de sangue, todos da festas ficaram olhando para eles. Mesmo sabendo disso 2 garotos começaram a disparar contra Jeff. Jeff saiu correndo subiu as escadas e se trancou no banheiro e pegou um objeto para usar contra um dos garotos.
Jeff sai do banheiro e da uma pancada com o objeto que ele pegou no banheiro na cabeça do menino. E de repente ele sente sua pele ardendo, é quando ele percebe que jogaram bebia alcoólica em seu corpo; logo após isso Jeff pega a faca da mão do outro e da uma facada nele, após ele cair ele dá uma risada, então Jeff pergunta: "O que é tão engraçado?" e ele responde: "O que é engraçado? Engraçado é que você está coberto de álcool!" E então ele pega um esqueiro, acende e joga em Jeff e ele desce as escadas em chamas e a última coisa que Jeff vê é seus pais tentando apagar as chamas de seu corpo.
Quando Jeff acorda ele está no hospital com gesso na maior parte do corpo. Quando é a hora de tirar gesso do seu rosto sua mãe se apavora e grita no quarto do hospital. Jeff vai no banheiro e se olha no espelho, ele fica calado e até que seu irmão fala: "Jeff até que não é tão ruim!" Jeff responde: "Não é tão ruim? É PERFEITO! Combina totalmente comigo!"
Voltando para casa, de noite, sua mãe escuta um barulho vindo do banheiro e decide ver o que é. Chegando lá ela vê Jeff com sua boca cortada e pergunta: "Jeff o que você fez?" E ele responde: "Não está vendo mãe? Agora eu sempre irei sorrir! Por que? Não estou bonito?" E ela fala: "Sim filho está lindo!" E ela volta para o quarto e fala com o marido: "Lionel, Jeff se cortou e está horrível". Jeff  escutou e gritou: "VOCÊ MENTIU PARA MIM?" E a última coisa que ela viu foi Jeff correndo para cima dela e a esfaqueando junto com seu pai.
Seu irmão acordou com os barulhos mas apenas fechou os olhos e tentou dormir, foi quando Jeff entra no quarto e seu irmão acorda e olha para cima e vê uma faca apontada em seu pescoço e a última coisa que ele escuta é a voz de Jeff falando: "Shhh… Vá dormir"

terça-feira, 23 de julho de 2019

O Rake

Em 2003, no nordeste dos Estados Unidos, houve um incidente envolvendo uma criatura de forma humanóide que acabou atraindo muito a atenção da mídia local. Avistamentos da criatura continuaram frequentes. O que é estranho é que muitas pessoas reagiram de forma diferente quando viram a criatura.
Finalmente, em 2006, uma colaboração de vários pesquisadores fizeram uma descoberta assustadora. Eles haviam descoberto quase duas dúzias de documentos que vão desde o século 12 até os dias atuais, todos eles descrevendo vários avistamentos de uma criatura chamada "O Rake".
A observação de que mais se destacou foi o relato de uma mulher que acordou no meio da noite e, acidentalmente, acabou acordando o marido também. Ela pediu desculpas e seu marido virou-se para olhar para ela. Ao pé da sua cama, sentado e de costas para eles, era a criatura infame que foi descrito como parecendo um cão grande e sem pêlos.
Enquanto os olhos do casal ainda estavam se adaptando à escuridão, a criatura surgiu e se correu para os quartos de seus filhos. O casal apavorado imediatamente correu atrás dele, temendo o pior para os seus filhos, mas eles estavam muito atrasados.
Quando eles chegaram no quarto da sua filha, encontraram o corpo da menina mutilado e perto da morte. Como sua filha estava morrendo, suas palavras finais foram: "Ele é o Rake".

Tenham bons sonhos!

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Cameron Boyce

Biografia

Boyce nasceu e viveu na área de Los Angeles com seus pais Libby Boyce e Victor Boyce, e sua irmã mais nova Maya Boyce. Seu pai é afro-americano, de ascendência afro-caribenha e afro-americana. Sua mãe, que é branca, e judia. Sua avó paterna, Jo Ann (Allen) Boyce, foi uma dos "Clinton Twelve", que foram os primeiros afro-americanos a frequentar uma escola secundária integrada no sul dos Estados Unidos, em 1956, conforme ordenado por Brown v. Board of Education.
Fora um talentoso dançarino e seu estilo favorito de dança era o break, e tinha um grupo de dança chamado X Mob, onde também era conhecido como Truth, por isso o nome de suas fãs, "truthanators".

Morte

Foram reveladas as causas da morte de Cameron Boyce, jovem ator de apenas 20 anos e estrela da Disney, que faleceu no passado sábado.
Em comunicado, a família de Boyce explicou que o ator morreu durante o sono na sequência de "uma convulsão motivada por uma doença crónica, para a qual estava a receber tratamento".
Cameron Boyce era sobretudo conhecido por interpretar o filho de Cruella de Vil em "Os Descendentes", filme de 2015, por desempenhar o papel de Luke Ross, na série "Jessie", e pelo seu papel em "Miúdos e Graúdos", com Adam Sandler.
"O mundo perdeu uma das suas luzes mais brilhantes, mas o seu espírito viverá através da amabilidade e da compaixão de todos os que o conheciam e adoravam", pode ainda ler-se no comunicado da família.
Um porta-voz da Disney lamentou a morte de Boyce, dizendo deste que era "um ator incrivelmente talentoso, uma pessoa atenciosa e ponderada e, acima de tudo, um filho, irmão, neto e amigo dedicado".
Nascimento: 28 de maio de 1999, Los Angeles, Califórnia, EUA
Falecimento: 6 de julho de 2019, Los Angeles, Califórnia, EUA
Altura: 1,68 m
Próximo filme: Descendentes 3
Pais: Victor Boyce, Libby Boyce