A mulher pertence ao ciclo da lua branca quando ovula na lua cheia e menstrua na lua negra (sendo o quinto dia a lua minguante, a lua negra acontece nos três dias que antecedem a lua nova). Quando a mulher menstrua por esse ciclo, geralmente ela apresenta melhores condições energéticas parar expressar suas energias criativas e nutridoras, já que nesse caso o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, estabelecendo relação com o arquétipo da mãe e cuidadora - aspecto do feminino aceito pelo sistema patriarcal.
Por outro lado, a mulher que ovula na lua negra e menstrua na lua cheia pertence ao ciclo da lua vermelha. Nesse caso, como o auge da fertilidade acontece na fase escura da lua, as energias criativas são direcionadas ao desenvolvimento interior e a energia sexual é usada para fins mágicos, relacionando-se com o arquétipo da bruxa, maga ou feiticeira - aspecto do feminino costumeiramente negligenciado e temido pelo patriarcado.
"Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais" (FAUR, 2015, p. 499).
Para pertencer ao ciclo da lua branca ou vermelha, a mulher não
necessariamente precisa ovular e menstruar nos dias exatos da lunação
mencionada anteriormente. Se, por exemplo, ela menstruar dois dias após a
lua negra, ainda assim pertencerá ao ciclo da lua branca. Segundo
Mirella Faur, a tendência é que, com o passar do tempo, exercitando
essas práticas de auto-observação, os ciclos passem a regular-se de
forma mais sincrônica.
Referências:
FAUR, Mirella. O Anuário da Grande Mãe. São Paulo: Editora Alfabeto, 2015.
Referências:
FAUR, Mirella. O Anuário da Grande Mãe. São Paulo: Editora Alfabeto, 2015.
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