Popularmente
chamada de gympie gympie, essa planta nativa da
Austrália possui uma bela forma de coração com suas tênues hastes e folhas
verdes. No entanto, tocá-la pode ser uma das experiências mais desagradáveis de
sua vida. Há relatos de que um soldado que a usou como papel higiênico se matou
logo em seguida. Torça para não encontrá-la em seu caminho.
Com
galhos bem delicados e semelhante à ortiga (mas não é!), a planta pode atingir
alguns metros de altura em pouco tempo. Vive em pequenos espaços onde a luz
solar entra as frestas das copas das árvores mais altas em florestas
australianas, sobretudo em Queensland. Todavia, a gympie
gympie está aos poucos desaparecendo e já é uma espécie
ameaçada, uma vez que as florestas em que vive estão cada mais escassas.
Sua
aparência não dá indícios da dor que ela pode causar simplesmente ao tocar as
folhas. Além das folhas, os frutos também são muito perigosos, pois possuem
pelos finos que penetram na pele e espalham a fisgada. E a cada pressão nos
pelos faz com a planta injete mais veneno, causando cada vez mais dor. Na
verdade, enquanto os pelos estiverem na pele, a dor continua – e é uma dor
extrema, comparável à do fogo. O veneno da planta ataca principalmente o
sistema linfático, fazendo surgir gânglios na garganta, axilas e virilha.
De fato, só o fato de você se aproximar da planta já a faz liberar pelos pelo
ar. De acordo com os pesquisadores, ela faz isso para manter o terreno limpo e
tirar proveito da luz solar. Botânicos que trabalham no local relatam espirros
constantes e sangramento nasal quando se aproximam da gympie.
Entre
os relatos assombrosos de pessoas que tiverem experiências nada agradáveis com
a planta está um soldado da Segunda Guerra Mundial que caiu em um arbusto da
planta e ficou amarrado em uma maca de hospital gritando durante semanas. Ernie
Rider, hoje um veterano do Departamento de Parques e Vida Selvagem de
Queensland, foi atingido nos braços, peito e rosto em 1963. Foram semanas de
agonia, e ele diz que seu peito continuou doendo por 2 anos sempre que entrava
em contato com água gelada. Segundo ele, foi a pior dor de sua vida.
Evidentemente,
não há esforços de conservação para essa planta. Isso, curiosamente, parece
estar fazendo a planta evoluir. No ano passado, dois exemplares da espécie
foram descobertos sem a toxina nas folhas, que os cientistas acreditam que seja
uma substância chamada moroidina. Sem ela, a planta perde sua capacidade
de causar dor.
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